segunda-feira, 9 de abril de 2012

A dança das cadeiras

Que me perdoem o amadorismo leigo, que eu, de verdade, só entendo de jornalismo, tutorial de internet, bolo de chocolate e otras cositas más que a curiosidade inerente à minha sofrida profissão me permite saber. Reconheço que existem alguns tipos gênios, como Leonardo da Vinci, que pintava o sorriso da Monalisa com uma mão e com a outra se debruçava sobre estudos científicos que iam de aeronáutica e astronomia, passando por botânica e engenharia, até química, geologia, hidrodinâmica, física, zoologia e pirotecnia – e aonde mais ele não “ia”?


Confesso que uma vez destituída de minha atual função, poderia pensar em bem menos áreas férteis de onde tirar meu ganha-pão. Todas, de uma forma ou de outra, dependeriam da habilidade de comunicação, intrínseca às ciências humanas. Não ser gênio e ser honesto tem dessas coisas. Não me transformaria, do dia para a noite, numa arquiteta de sucesso. Como engenheira, poderia dar a mão a Sérgio Naya, aquele do prédio que desabou e que faleceu em 2009, dentro de um quarto de hotel – que não desabou, fique claro – conforme o Wikipédia acaba de me lembrar. Leio que na Prefeitura, quem estava na Secretaria de Cultura foi para a de Compras. Quem estava no Fundo Social foi para a Cultura. Quem estava no Planejamento foi para Obras. Quem estava na Secretaria do Emprego vai para o Planejamento. Diante desse maracatu das cadeiras nas secretarias municipais de Catanduva, chego a pensar que ou a nossa Prefeitura está cheia de gênios, que como Da Vinci dominavam as mais diversas áreas do conhecimento, ou quem nomeia para cargos de chefia no nosso Município não tem a menor ideia do que está fazendo. Ou tem, e a ideia é essa mesmo...

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