Medusa de Chapinha
Todo mito tem sempre um lado B, toda mulher é meio Leila Diniz, toda nudez não será castigada, toda medusa moderna sabe o que faz com o seu cabelo, toda cabeça pode ter muitas ideias, muitas cabeças pensam mais que uma.
sábado, 11 de abril de 2015
Sobre o Musical do Cazuza
Sobre o Musical do Cazuza de hoje é o seguinte: é legal ouvir as músicas
cantadas por artistas em várias vozes. Difícil é entender a esteria de
uma plateia que na época era um zigoto. Aí vão dizer: 'lá vem o discurso
da coroa'. Que seja. Prefiro mesmo ser geração Y. Eu até curto as
músicas do Cazuza e acho que ele era um poeta talentoso. Mas se ele
pudesse estar aqui hoje, assistindo seu próprio tributo iria achar uma
caretice ou mesmo piegas, como ele dizia que era o amor. Talvez
gritasse "vocês não valem nada, nem eu", com a língua presa do deboche.
Porque o que o musical entroniza como filosofia de imortal, sob o coro
de uma multidão de perdidos numa noite suja, nos anos 80 não passava de
protestos exagerados que a gente nem levava tão a sério. Afinal, desde
aquele tempo que a gente, apesar mais inocentes politicamente, já sabia o
que estava errado com este país. E atacava a burguesia da qual Cazuza
era um autêntico exemplar. Mas garotos ricos não têm com que se
revoltar. E sem rebeldia não se vende disco de rock. O filho do dono da
gravadora só queria ser mais um cara. Daqueles que enchem o saco de
tanta apurrinhação e convocam a galera pra protestar de verdade amanhã,
contra essa piscina cheia de ratos e tantas ideias que não correspondem
aos fatos.
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
A rosa de plástico
Uma rosa é o suficiente. Brota, cresce linda e morre num curto espaço de
tempo, dando-nos a noção exata, mas em forma resumida, de nossa
passagem pelo mundo. Antes de cumprir sua missão, porém, pode fazer
alguém feliz.
Costumava receber rosas de amor, com os dizeres: "da cor dos teus cabelos, só não mais belas que você".
Tem muitas coisas que a ciência não faz e duas delas: fazer uma rosa igual aquela e explicar por que, para os amantes, somos sempre as mais belas. Que ciência explica tão profundo amor?
Mas as flores de plástico não morrem. Era o que eu ouvia no carro com ele, a caminho de uma praia deserta qualquer. Seria Caraíva? Seria Itaúnas? Um lugar onde certamente o tempo perdera o valor, ainda que sobre eles ainda pesasse a sua mão, como um sol de dezembro.
Num 2 de novembro, porém, caminho por entre corpos de pessoas que já se foram, com uma única rosa vermelha. De plástico. Eu a odeio não mais que o destino, mas ela é o melhor que ainda posso fazer. Feia, mas mais resistente, como os que por ali tentam se afagar nos braços de amados, em frente às lápides do que já se foram.
Caminho por entre as lápides como entre velhos, novos, futuros conhecidos.
No túmulo de meu pai, ainda não consigo acreditar.
No do Xuxa eu me sento, agarro a grama, fecho os olhos e digo a mesma frase dita quase 10 anos atrás, na UTI de um hospital: "Eu estou aqui. Te amo pra sempre". E coloquei a rosa no meio de outras flores que lá havia.
Dessa vez, não verti uma lágrima. Na verdade, me senti como em casa, em família e em paz, perante o único futuro certo do qual não fujo nem temo. Tento viver como quem está prestes a morrer, afastando das ilusões dos tolos. Só morre bem quem viveu bem. Só vive bem quem está preparado para a morte.
Me preparava para deixar o local quando ao longe vejo um amigo aos prantos enterrando a mãe. Eu o abraço e sussurro no seu ouvido: "Tudo passa, só o amor que não. E ninguém morre pra sempre. A gente ainda vai se encontrar".
"Aquele que crê em mim ainda que morra viverá". (Jesus Cristo, melhor amigo do Xuxa)
Costumava receber rosas de amor, com os dizeres: "da cor dos teus cabelos, só não mais belas que você".
Tem muitas coisas que a ciência não faz e duas delas: fazer uma rosa igual aquela e explicar por que, para os amantes, somos sempre as mais belas. Que ciência explica tão profundo amor?
Mas as flores de plástico não morrem. Era o que eu ouvia no carro com ele, a caminho de uma praia deserta qualquer. Seria Caraíva? Seria Itaúnas? Um lugar onde certamente o tempo perdera o valor, ainda que sobre eles ainda pesasse a sua mão, como um sol de dezembro.
Num 2 de novembro, porém, caminho por entre corpos de pessoas que já se foram, com uma única rosa vermelha. De plástico. Eu a odeio não mais que o destino, mas ela é o melhor que ainda posso fazer. Feia, mas mais resistente, como os que por ali tentam se afagar nos braços de amados, em frente às lápides do que já se foram.
Caminho por entre as lápides como entre velhos, novos, futuros conhecidos.
No túmulo de meu pai, ainda não consigo acreditar.
No do Xuxa eu me sento, agarro a grama, fecho os olhos e digo a mesma frase dita quase 10 anos atrás, na UTI de um hospital: "Eu estou aqui. Te amo pra sempre". E coloquei a rosa no meio de outras flores que lá havia.
Dessa vez, não verti uma lágrima. Na verdade, me senti como em casa, em família e em paz, perante o único futuro certo do qual não fujo nem temo. Tento viver como quem está prestes a morrer, afastando das ilusões dos tolos. Só morre bem quem viveu bem. Só vive bem quem está preparado para a morte.
Me preparava para deixar o local quando ao longe vejo um amigo aos prantos enterrando a mãe. Eu o abraço e sussurro no seu ouvido: "Tudo passa, só o amor que não. E ninguém morre pra sempre. A gente ainda vai se encontrar".
"Aquele que crê em mim ainda que morra viverá". (Jesus Cristo, melhor amigo do Xuxa)
domingo, 10 de agosto de 2014
Sem respostas
O tempo passa, as fotos amarelam, a poeira se
acumula e a história se repete, com alguns intermitentes aprendizados
aqui e ali. Garoa de sabedoria que não é suficiente para encharcar
mananciais de expectativas e anseios que não podemos jamais
saciar, tocar ou mesmo entender. O mais difícil de tudo não é dizer
adeus. É não saber. O que mais dói é esta prisão sob a forma de
liberdade ilusória. Porque ninguém é dono de nada e nem de si mesmo. A
gente só é dono da nossa consciência, dos pensamentos e sentimentos que
compõem o nosso eu. Desses somos tão donos que somos até capazes de
emprestar e neles passeiam uma série de outras pessoas. Fragmentos de um
tempo da delicadeza, como na canção de Buarque. Notas de um perfume
onírico. E dizem que a vida é pra ser vivida. E nisso não há novidade.
Não há também escolha qualquer. Que a vida não é só isso. E não é. Mas
vivem como se fosse. Só isso. Vive mais, às vezes, quem não vive como
eles. Quem vive distante, nas estrelas, fazendo salivar meus desejos de
transcendência e plenitude. E não dizem que os que se foram estão
melhores que nós? Mas vivem como se não fosse assim. Falam do que não
sabem, do que não acreditam. Bom seria se os que não soubessem se
calassem. Eu sei do que senti muito mais do que sei do que vi, o que não
faz de mim testemunha em potencial nem torna menos verdadeiro tudo que
sei. E o que eu sei é que ser livre é não ter medo de nada, nem da
morte. Principalmente da morte. A vida - esta, não a outra - é que mete
medo. A vida com prazos de validade. Nada pode ser completo assim. Os
que se foram - esses sim - têm as respostas. Vivo com minha mente cheia
de perguntas e com meu coração cheio das pessoas que têm as respostas.
terça-feira, 24 de junho de 2014
Esqueça seu passado?
domingo, 22 de junho de 2014
Amor à distância
Hoje eu comprovei porque tenho tanto saudosismo quando passo em frente ao Cine República e vejo aquele prédio carcomido pelo tempo. Quantos bons momentos eu passei ali com o Xuxa... No final dos anos 90, as pessoas tinham muito mais o hábito de ir ao cinema e quando era um blockbuster então... era aquela fila enorme! A maior foi a do Titanic. Teve gente que preferiu sentar no chão do corredor só pra ter a chance de assistir. Voltei pra casa revoltada porque não consegui me concentrar no filme. Quem tinha ficado em pé jogava água em quem estava sentado, pra ver se a gente saía e deixava o lugar pra eles. Alguns jogavam algo pior que água e foi o que nos atingiu naquele noite. Enquanto a Rose tremia de frio no Atlântico Norte eu não via a hora de tomar um banho pra tirar aquele cheiro de xixi. O mais interessante (só hoje eu vejo) é que a despeito dessa ignorância alheia não teve uma briga. Hoje no shopping tinha uma fila enorme pra assistir provavelmente a porcaria de um filme dublado, que hoje aqui parece que os jovens já não estão querendo nem ler em português. Sentei um pouco com as compras num banco pra descansar. Estava próxima àquela aglomeração de pessoas e de repente começa uma briga e eu nem sei dizer por quê. Um bando de moleques que nem saiu das fraldas se achando membros da Yakuza. E aí lá vem o segurança mirrado de terno preto com aquela cara de preocupado atrasado. Não sei se atrasou pra chegar com medo de apanhar. Lá fora as motos dos policiais iam parando. Alguém chamou pra apartar o vuco-vuco. E eu doida pra chegar em casa com meus suprimentos pro isolamento dos meus lençóis. E depois me perguntam por que sou anti-social. Eu não sou. Simplesmente porque 'isso' que está aí não é sociedade. É uma multidão de indivíduos da qual eu não quero fazer parte. Não tenho raiva das pessoas. Só tenho é pena e invejo os bons, que vão reinar com pouco, pois não será preciso muito pra ser melhor que 'isso' aí. Eu só não tenho a menor vontade mais de conhecer gente que não conheço. Mas tenho muito amor no coração. O meu amor à distância é maravilhoso.
sábado, 11 de janeiro de 2014
Um mundo de loucos e psychos
O
mundo deve estar realmente amaldiçoado. Quem quer que seja normal não
pode mais ser normal. Não há meio termo pra deixar esta vida te levar,
como numa letra de samba caquético. Fique louco ou vire um psicopata. O
que você prefere? Mas não espere compreensão e suavidade deste mundo,
porque quem ama será machucado e o problema é: não raramente. Existe uma
nuvem de escuridão nos circundando e quem sente
muito amor é só mais um frágil pedaço de carne, pronto pra ser esmagado
como uma barata. Não importa o quão grande você seja por dentro, você
não é nada pra eles, porque eles não são nada e querem, por isso, te
reduzir a nada e querem que você não tenha nada, mas eles não podem ter o
que você tem se você for forte o suficiente pra se manter do lado
certo, mesmo que às vezes você sinta que tudo que você quer é vencer
toda essa merda com um misto de polidez e loucura, numa espécie de sopa
catártica. Prefiro ser isso que não sentir nada. Chamem-me louca, mas
nunca estúpida. Chamem-me boba, mas nunca pensem que eu não estou
sabendo o que eles estão fazendo. Eu simplesmente largo mão e vivo do
jeito que eu consigo. Até quando? Não posso responder, porque todo mundo
tem limites, mas eu não vou perder meus sentimentos e meu senso de
justiça, mesmo que seja confinada num manicômio. Antes viver num mundo
imaginário. Um em outro qualquer. Prefiro isso de certeza que dividir
minha mesa com gente podre, suja, com manadas de chacais fantasiados de
gente normal. Eles estão simplesmente indo pro inferno e nem se
apercebem disso. Aprecie sua taça de champanhe enquanto pode, porque seu
tempo vai acabar. E não vai ser bonito. E eu não estarei lá pra segurar
sua mão. Deixe este mundo com tudo que você tanto buscou a vida
inteira, se for capaz, porque eu sei o que daqui levarei. Mas eu não
serei nem plateia pro seu miserável grand finale. A louca que tanto amou
vai gargalhar no final.
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
“Não há nada de novo sob o céu”
Davi, Rei de Israel, teve muitos filhos, a maioria deles, como ele, com muito sangue nas mãos, verdadeiros guerreiros nas diversas batalhas que solaparam o reinado e a vida de um dos personagens bíblicos mais importantes, a ponto de fazê-lo ter uma vida relativamente curta, em comparação com os demais relatados.
Os filhos que mostraram poderosos feitos na guerra certamente esperavam
ser seu sucessor. Um deles, Absalão – dizia-se dele forte e bonito – liderou
uma rebelião contra o próprio pai, querendo lhe usupar o trono mesmo antes dele
morrer. Digamos que Davi até pode ter tentado, mas como chefe de família não
foi lá aquelas maravilhas. E talvez a cada Ano Novo tenha lamentado os erros
que cometeu. Ah... e como Davi lamentou. Davi não foi idiota o suficiente
quanto tantos de hoje em dia que batem no peito pra dizer: “Não me arrependo de
nada que fiz, só do que não fiz”. Não, Davi sabia no que tinha errado, mas
tentava acertar, com todo o seu coração. Seus erros o torturavam como uma lança
o atravessando de fora a fora, numa intensidade quase tão grande quanto o seu
amor pelo Criador, e foi por isso que ele foi considerado um homem “segundo o
coração de Deus”. Nossas ações o homem pode julgar, mas só Deus sonda os
corações e as intenções.
Voltando à filharada... o
destino de Absalão foi a morte precoce, o que muito entristeceu a Davi. Mas os
demais filhos talvez nunca tenham imaginado que o trono não iria para nenhum
filho soldado. O trono foi para o filho poeta. O filho que Davi teve com
Bathsheba: Salomão, o tal até hoje conhecido por sua riqueza e sabedoria.
Salomão teve um reino tão
próspero que atraiu a curiosidade dos reinos vizinhos e recebeu uma inusitada
visita da Rainha de Sabá. Salomão viveu nababescamente e sua excentricidade
inclui um amontoado de 300 mulheres e 700 concubinas. Em seu livro de Cantares,
o poeta faz declarações de amor. Não se sabe ao certo quem foi que Salomão
amou. Pois alguém com 1000 mulheres não ama nenhuma. É como aquela história do
amigo entre 1000 do Facebook que nem sabe que você existe. De alguma forma a
prosperidade material subiu à cabeça do Rei a ponto de ofuscar-lhe a visão para
as coisas desta vida que realmente valem a pena. E é no livro de Eclesiastes, o
que ele escreveu já no final da vida, que o poeta monarca destila todo o seu fel
e amargura para com o que ele fez de sua vida. E muito do que lemos ali, quando
ainda não acumulamos determinadas experiências, sequer podemos entender, como, por
exemplo, quando ele diz que prefere estar num funeral do que numa festa. Só
quem já viveu a dor do luto sabe que ela dói, mas, por outro lado, nos
confronta com a mais absoluta das verdades e, para o cristão, a certeza da
vitória de Cristo sobre a morte. Por outro lado, não se pode confiar na alegria
passageira de uma festa, onde o vinho e a falsidade muitas vezes bebem da mesma
fonte. Nessas horas nunca se pode saber quem é teu amigo de verdade. E com
certeza Salomão se confrontou com ambas as realidades.
Dentre tantos outros versos tão
amargos quanto intrigantes, do mesmo livro em questão, está a famosa frase: “Não
há nada de novo sob o sol”. E aí ele segue dizendo: “Tudo é canseira e enfado;
tudo é correr atrás do vento; tudo é vaidade; tudo”.
Passeando pelas ruínas lícias da
costa da Turquia tive o prazer de contemplar os restos de uma civilização que
floresceu antes de Cristo, em meio à exuberância da vegetação mediterrânea.
Dentre estas ruínas, sepulcros de gente rica, já depredados. Dentro deles, o
que restou? Poeira e algumas folhas aqui e ali. De fato, se aquele que ali foi
enterrado era bonito ou feio, se ele se vestia de trapos ou do mais puro linho,
que importa agora? Salomão estava, afinal, cheio da razão. Tudo é vaidade. É só
uma questão de tempo.
Mas e o novo? O novo que tanto
procuramos? Salomão diz que não há nada novo sob o sol. Isso significa que, de
uma certa forma, tirando os penduricalhos e os acessórios, na essência, através
dos séculos, a humanidade nunca mudou de fato e se manteve repetindo os mesmos erros.
Por outro lado, quem (com mais de 30 anos), já experimentou a sensação
de estar vivendo ano após ano uma certa rotina e aquele sentimento de que os
acontecimentos ao redor de si se desdobram de forma cíclica: os calendários, as
datas comemorativas, as tradições, as festas, os aniversários, os casamentos,
as estações, as específicas épocas do ano, os eventos edição número 1, número
3, número 5.000, o Missão Impossível I, o II e III, o casa-separa, o volta-briga,
o aperto de mãos-tapa na cara, o inimigo que virou amigo, o amigo que virou
inimigo – e isso já está ficando mesmo previsível – as realidades que poderiam
ser solucionadas mas nunca são, os mesmos problemas de sempre, no Brasil e no
mundo, os protestos que não chegam a lugar nenhum, o mendigo que foi ajudado e
já outro mendiga em seu lugar, o traficante que foi preso e já outro vende em
seu lugar, o acidente cujos restos mortais já foram resgatados, mas na TV as
notícias divulgam outro ainda pior. E é outro avião que caiu, outra celebridade
que morreu, outro escândalo que não escandaliza mais, outra mulher fruta, outra
moda inspirada em outra que foi inspirada em outra. A nova isso, a nova aquilo,
que na realidade é a mesma coisa. A filha da Elis Regina, que canta igual a
ela. O Roberto Carlos, que canta a mesma coisa todo ano. E a Xuxa, que... né?
Não precisa nem falar nada.
E vem novo carnê de IPTU. Novo?
E vem nova lista de material escolar. Nova? E vem notícia ruim. De novo. E vem
notícia boa, mas também temos saudades do passado. Afinal, há algo de novo sob
o céu? E se há, será que realmente o buscamos ou só falamos isso da boca pra
fora? Muita gente diz que gostaria de dar uma guinada, mas só o faz quando não
tem mais alternativa. Então às vezes as coisas têm que acontecer à sua revelia,
para o seu próprio bem, pra que o ‘novo’, não o que Salomão pensou que não
tivesse mais, se estabeleça de fato e finque em sua biografia raízes que você
agradecerá no futuro.
Em 2014, não seja relutante a
mudanças, receba-as de coração aberto, sem frustrações, sem preocupações, sem
amargura, sem ingratidões, lutando contra a ansiedade e a descrença, mas sempre
com o pé no chão, a fé em Deus e o coração puro. Em 2014, seja agradecido ao
passado, mesmo que este passado, seja ele 2013, ou anos ainda anteriores,
tenham te machucado tanto, pois em tudo – absolutamente tudo – há um lado
positivo a se aproveitar. Não podemos mudar muitas coisas que a vida nos impõe,
mas podemos decidir o que fazer com o que a vida nos impõe, de que maneira
reagiremos, se a ética prevalecerá acima de tudo, se iremos ser fiéis ao que
somos, ao que acreditamos, ao que temos de real e indissolúvel nesta vida, que
é aquilo que, no final de todas as coisas, nos mostrará que, afinal, algo muito
importante, um dia, se renovará.
E agora eu quero falar do
aniversariante do mês passado: Jesus Cristo. E finalizarei com uma frase que só
poderia mesmo ter sido dita por ele e não por Salomão, que, apesar de rei, não
passava de um homem comum. “Eu renovo todas as coisas”. Cristo é renovação.
Renovação de vida. E vida eterna. Nada que ele muda pode ser mudado novamente,
porque ele é o dono do presente, passado e futuro dos que Nele confiam e suas
mudanças não podem ser corroídas pelo tempo.
Neste mundo, realmente, tudo
passa. E algumas coisas são cíclicas – voltam a acontecer. Nem sempre do mesmo
jeito, mas podem voltar. Mas é preciso aprender a lidar com a finitude de
algumas coisas e o começo de outras. Assim é a vida. E é preciso também estar
aberta ao recomeço.
O Jornal do Comércio foi um
projeto magnífico de ser feito e após mais de quatro anos de sucesso, entra em
recesso com esta edição. Deixará saudades nesta jornalista e espero eu que em
muitos leitores – sei que é vaidade, mas deixem-me ter esta, que também passará
por sinal. As vidas tanto da entidade quanto desta jornalista passarão por
mudanças muito positivas. O Sindicato terá seus investimentos concentrados em
prol do comerciante, numa escala de prioridade plenamente justificável –
enquanto esta jornalista se dedicará a seu projeto solo, sua revista virtual (www.catanduvafashion.com) que é um
sucesso e que já conta com o Sincomércio como um de seus parceiros. Ali o leitor
poderá conferir notícias do comércio, além de dicas de moda, beleza, viagens,
gastronomia, arquitetura, dentre outras editorias interessantes, a um clique de
suas mãos. Viaje nessa ideia, que é nova, é fashion e vai se renovar a cada
dia. Um grande abraço a todos, meus agradecimentos por este tempo de jornal e
um Feliz 2014 a toda população de Catanduva e região, aos leitores
(comerciantes, comerciários ou consumidores) e à equipe Sincomércio Catanduva.
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